Como identificar se meu cão ou gato pode estar com diabetes?
Oi, resolvi escrever sobre este tema no blog porque essa doença metabólica atinge muitos cães e gatos, eu mesma já tive que cuidar de minha Labrador Retriever durante alguns anos em sua velhice porque ela apresentou o quadro de Diabetes Mellitus Tipo 1. Eu e meu marido tratávamos a Meg a base de insulina, aplicando duas vezes ao dia.
Mas, o importante é conseguirmos respostas as seguintes respostas: Essa doença pode ser evitada? Como posso diagnosticar que meu cão, ou gato, está com essa doença? Como posso tratar? Darei algumas dicas simples para que você possa identificar o mais rapido possível se seu amiguinho está com essa doença e, uma vez identificada, você possa tratar da melhor maneira possível com a ajuda do seu veterinário de confiança.
Pode não ser possível prevenir a Diabetes mellitus, pois, são vários os fatores que podem causar essa doença. Entretanto, a manutenção do peso ideal do cão e a introdução de exercícios regulares em sua rotina podem ser benéficas.
Você sabe o que é Diabetes Mellitus? Diabetes Mellitus, ou simplesmente diabetes, é um grupo de doenças metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo.
Existem três sintomas clássicos para identificação da Diabetes, colocaremos os termos técnicos e o que são eles em uma linguagem mais simples, são os seguintes:
poliúria (aumento do volume urinário);
polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos);
polifagia (apetite aumentado).
Outros sintomas importantes incluem:
perda de peso
visão turva
cetoacidose diabética (cetoacidose diabética é uma condição grave que pode resultar em coma ou até mesmo a morte. A cetoacidose diabética acontece quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos.
síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica (um tipo de desidratação)
letargia (incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse)
fraqueza
halitose cetônica (a acetona, dificilmente oxidada e volátil é eliminada pela urina (cetonúria) e expelida pela boca, conferindo um odor característico, bastante similar ao de frutas envelhecidas, denominado hálito cetônico)
Seu cão, ou gato, irá demonstrar esses sintomas se estiver com algum problema, é claro, alguns desses sintomas só serão constatados como Diabetes após exames feitos por um veterinário, mas, estamos apresentando alguns sintomas para que você saiba identificar quando deve procurar um veterinário.
A presença dos sintomas clássicos de Diabetes geralmente aponta para a necessidade de exames laboratoriais. A chave para o diagnóstico são os altos níveis de glicose no sangue e na urina. Um estágio mais avançado e crítico da doença é normalmente percebido pela presença de corpos cetônicos na urina. Esta forma complicada de diabetes é conhecida como cetoacidose diabética. O veterinário deve pedir exames, inclusive um hemograma completo, sorologia e bioquímica do sangue e análise da urina, para descartar a possibilidade de outras doenças que possam provocar sinais semelhantes aos vistos na diabetes. Em alguns casos, os resultados iniciais podem indicar a necessidade de exames mais específicos.
A indicação de uma possível doença depende de um número de fatores. Em relação a recuperação do cão, ou gato vai depender da sua disposição, isso mesmo, da sua, em seguir o tratamento e da capacidade do animal de responder à insulina. Fatores como a idade do cão no início da doença, da presença de outras afecções simultâneas e do aparecimento de complicações da diabetes também podem interferir.
Com os devidos cuidados e sua dedicação, acompanhados de consultas periódicas ao médico veterinário, muitos cães e gatos diabéticos podem levar uma vida saudável por vários anos. Para os animais de estimação que não respondem bem ao tratamento ou cujos donos não querem segui-lo, pode-se esperar uma diminuição da qualidade e da expectativa de vida infelizmente.
Como é feito o tratamento? O veterinário escolherá o tipo de insulina apropriado para o cão. As fórmulas mais comuns de insulina são derivadas de uma combinação de insulina de vaca e porco, de porco purificada e de insulina humana modificada.
Muitos médicos veterinários agora usam este último tipo por ser facilmente encontrável. Os tipos de insulina incluem a cristalina normal, NPH, PZI, lenta e ultra-lenta. O veterinário vai indicar a dose unitária específica de insulina com base em diversos fatores, inclusive o peso do animal e o tipo da insulina. A meta não é obter o controle absoluto da doença, mas, antes, permitir ao cão, ou gato, e a você se acostumarem com a nova rotina de injeções diárias e alterações na dieta.
O cão, ou gato, precisará ser re-examinado normalmente uma vez por semana durante o inicio do tratamento. Isso porque o médico veterinário talvez precisará reajustar o esquema de insulina durante as consultas. As doses de insulina não devem ser reajustadas em casa, a menos que o médico veterinário tenha dado instruções específicas. As curvas glicêmicas e outros exames são necessários durante todo o tratamento para que se possa monitorar cuidadosamente a resposta do animal ao tratamento.
Alguns cães, e gatos, se estabilizam com uma certa facilidade, quando respondem bem ao tratamento. Outros animais demoram muito mais tempo, ou nunca se estabilizam, especialmente se têm outras enfermidades simultâneas.
Alguns passam por um período inicial em que parecem reagir bem à insulina, mas perdem o controle durante os seis primeiros meses de tratamento. A monitoração cuidadosa dos níveis de consumo de água e volume urinário do cão irão alertar o proprietário para problemas com o controle da diabetes, o médico veterinário deve ser notificado se os sintomas não desaparecerem, ou se retornarem.
O sucesso do controle da doença é definido pelo desaparecimento dos sintomas, incluindo a sede e a urina excessiva, a estabilização do peso, a normalização do comportamento e uma glicemia normal , comprovada nos exames de sangue.
Se o cão, ou o gato, for obeso, será necessária uma dieta rigorosa no auxilio do tratamento da diabete, o veterinário pode sugerir um tipo específico de dieta. As rações comerciais com alto teor de fibras e carboidratos complexos são geralmente recomendadas para animais diabéticos porque ajudam a diminuir as flutuações da taxa de glicose depois das refeições.
A ingestão calórica diária deve ser dividida por várias refeições e servida no período de tempo de ação da insulina.
Evidentemente, o exercício é altamente recomendável, devido a seus efeitos benéficos no controle dos níveis de glicose e para a perda de peso. Se o seu bichinho não tem uma rotina estruturada, recomenda-se começar com caminhadas curtas e, aos poucos, aumentar o tempo destas até um nível tolerável.
Todo tratamento deve ser sempre orientado pelo seu médico veterinário de confiança. Hoje existem vários meios, fora os exames laboratoriais, para se monitorar a glicemia. O mercado oferece aparelhos que podem ser usados também em cães e gato, com a devida orientação do veterinário, para o monitoramento da glicemia.
Existem varias maneiras para administrar a insulina em seu bichinho e, da mesma forma, também devem ser escolhidas segundo a orientação do seu veterinário.
Concluindo esse assunto podemos dizer o seguinte: é claro que não queremos que nossos amiguinhos sofram com essa doença, mas, assim como nós, eles podem sim sofrer com a Diabetes mellitus.
Se isso, infelizmente ocorrer, é importante que você saiba que ele precisará mais do que nunca de sua ajuda. Já tive uma amigona que na velhice sofreu com essa doença, posso dizer por experiencia própria, que se você fizer sua parte ajudando seu amiguinho ele pode ter uma vida praticamente normal, mas, você precisa fazer sua parte.
A nossa Meg viveu comigo e com meu marido por dois anos antes de infelizmente nos deixar. Fizemos tudo o que era possível e durante esse período ela viveu com relativa qualidade de vida.
Se você passar por isso com algum amiguinho seu, use a matéria desse post para sua ajuda e referencia. Espero que de alguma forma ele possa ajudar!!!
Um abraço até a semana que vem...
